quinta-feira, 19 de novembro de 2009

fiz o lacre
no anti-rosto
do escrito rio
música e coito
nesse alfarrábio
indefinido lido lunar

inesgotável
pedra-destino
que te embarca
prata-menino
verbo/mata
ecoando um
farfalhar

terça-feira, 17 de novembro de 2009

ouro outro
que te lacre
em tez de Iara
gume de pólem
empalando a água
resvalando
um lumêm
além das mechas no cabelo

caberia ao cego
ascender ao sol?
ou retêns em ti
esses rios acesos?
(em atropelos)

domingo, 15 de novembro de 2009

ficará num casulo,
ou paneiro
receptor de tardes,
aguardando a podridão
surgir
e
saciar-se

sábado, 14 de novembro de 2009

partido canto
em repartidas tardes
entre-folhas dos olhares
encantos (lentos) sobre um
silêncio repetidamente escavado
escarra velha cigarra
palavra tarrafa
nomeiam a ti
-cardumes-
em
mim?
praia,
de tantas gramas de areia,
de peixes verdes
e conchas feixes-lâminas,
quem te caminha além de águas?

em léguas

rumo
as
arraias?
O caderno tem vazios

folhas em incêndio espalhadas pelo pasto

que o vento irriga
e
redesenha
Longe,
ladra um cão sob a chuva
no tear, a lã rústica
trama-se em outra pele despertencida
para o mesmo clã esmaecido
tudo é tecido