quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

quentes
partes de
algum forno
além
ssssssss
réquiens
caleidoscópicos
de setas
assentas
em brasas
sangradas
ao relento
vagueiam
sobre trilhos
pontes
poentes nús
ex-poentes

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

caiando

palavra turva

dobrei noturno

a página

escrava ama de leite

a boca
transborda
ácida

esse
filamento falho
intermédio
entre antros
tantas grotas
cruzará
colando o solto
sob o manto
de um rio selante
num fundo sedar

domingo, 13 de dezembro de 2009

percorre um rio
teu olhar
de gruta-garganta
perdido
sorvendo o sol
escondido
que sobre pedra pleno
perfura o escuro pano
raiando no bréu
do estanho
ecos do sal
de outro mar

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

ponto
que se faz
outro ponto
que desfaz
se despronto
não sai

se desmancha
sem espaço

tonto

trama tanta em linha reta
e
cai
.