crista de cristal
vazada de sol
ao dono
do canto pertence
que faz atalho
pelo silêncio
e papa o milho
no chão do céu
dentro da tarde
galos
aos goles
engolem algozes
azías
quebrando silêncios
quebrantos
cantando às espigas
rimas
e cristas
vazias
pergunto pelo fumo
fumaças
sem paradeiros
a escrita
derrete
sua cor
reflete
o que for
entre sí
e o vazio
espelha
para o nada
o dia que acaba
a fera
esqueceria
o ataque?
na redoma
o golpe
um arranhão
na pupila
pele de rosa
escrita na geleira
pelo cáule
a cor penetra
nessa raiz
que se espalha
e o vento não talha
o excesso
do celeste
aparece
em leques
no poente
-ponte-
entre o sol
sedado
e o escuro
atordoado